A HISTÓRIA DA INTERNET

A HISTÓRIA DE INTERNET


SUMÁRIO


RESUMO

1. INTRODUÇÃO

2. DEFINIÇÃO
2.1. O que é Internet

3. AS ORIGENS DA INTERNET
3.1. URSS x EUA. Resultado: ARPANET
3.2. Do avanço da rede ARPANET ao Protocolo TCP/IP
3.3. A Consolidação da Internet e a criação World Wide Web

4. A INTERNET NOS DIAS DE HOJE

5. CONCLUSÃO

6. BIBLIOGRAFIA

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RESUMO

Este artigo foi criado com o intuito de demonstrar de forma clara e objetiva a história da Internet, como ela surgiu, os estudos que foram cruciais para seu desenvolvimento, a usabilidade e facilidade que ela oferece, assim como a sua flexibilidade comprovada pela sua expansão em escala mundial.



1. INTRODUÇÃO

          A Internet, indubitavelmente, de todas as tecnologias lançadas no último século, foi a maior responsável pela interconexão mundial e pela revolução digital nos anos 90 até os dias atuais. Através dela é possível conectar-se com outros sistemas, outras pessoas, mandar e-mails, fazer compras on-line, compartilhar arquivos e informações, acessar dispositivos remotos e muito mais. Em suma a Internet é capaz de acelerar o tempo e ao mesmo tempo diminuir as distâncias de forma que seja possível que pacotes de dados de Internet dêem uma volta ao mundo em questão de segundos. Nada mais interessante e motivador que pesquisar e analisar como tudo isso começou e quais foram os processos para que a Internet fosse disposta como é hoje nas diversas residências, locais públicos, e ambientes comerciais.


2. DEFINIÇÃO

2.1. O que é Internet?
          De acordo com a W3C (World Wide Web Consortium, órgão responsável pela normatização da Internet), a Internet (Intercontinental Network) “é uma rede global de redes, pela qual os computadores se comunicam através de pacotes. Cada rede consiste em computadores conectados por cabos ou links wireless” (W3C, 2010, tradução própria)

3. ORIGENS DA INTERNET

3.1. URSS x EUA. Resultado: ARPANET

          Em consequência do lançamento do primeiro satélite artificial da história pela União Soviética, conhecido como Sputinik, os Estados Unidos, no auge da Guerra Fria, organizaram a criação da Defense Advanced Research Projects Agency (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa), a ARPA, em fevereiro de 1955, com o objetivo de se manter à frente da corrida tecnológica e informar sobre avanços adversários.

          Em meados de 1960, necessidades precisavam ser supridas, até por questões de segurança. Era necessária uma rede de computadores que ligasse pontos considerados de interesse estratégico para o país, como bases militares, centros de tecnologias e instituições acadêmicas. Então o seguinte problema surgiu: de que forma os computadores iriam comunicar-se, e se isso ocorresse teria que ser de forma confiável. A partir daí, os pesquisadores que compunham a agência passaram adotar a ideia de utilizar a “comutação de pacotes” ao invés da presente “comutação de circuitos” para tornar redes mais robustas e estáveis, ou seja, os dados eram divididos em varias partes devidamente endereçadas com seu destino, caracterizando pacotes. Esse projeto se baseou principalmente num extenso estudo feito por Paul Baran a Força Aérea dos Estados Unidos, além de outros estudos, de nomes como Donald Davies e Leonard Kleinrock.

          Em 1962, o projeto da “comutação de pacotes” chegou nas mãos de Joseph Carl Robnett Licklider, especialista em computadores já com reputação internacional e então líder do Infomation Processing Techniques Office – IPTO (Escritório de Tecnologia de Processamento de Informações, responsável por promover pesquisas). Juntamente com o cientistas chefe da agência chamado Lawrence Roberts, Licklider montou uma equipe de pesquisa em busca do desenvolvimento das redes de computadores. É importante ressaltar que nesse período, os estudos avançados nesse campo da tecnologia da informação desencadearam um grande desenvolvimento na industria de computadores, como por exemplo, a criação de poderosas maquinas de cálculo.

          Após exaustivos estudos, testes, seminários encontros, Robert Taylor sucessor de (J. C. R. Licklider), e sua equipe atingiram o primeiro objetivo. No dia 30 de agosto de 1969, dois pontos de rede (ou sites) interconectaram-se, eram eles: Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e o Instituto de Pesquisas de Stanford (Stanford Research Institute – SRI). Além desses, também foi possível a comunicação por rede da Universidade da Califórnia em Santa Barbara (UCSB) e a Universidade de Utah em Salt Lake City. Ali, nascia a ARPANET.

         A ARPANET baseada na revolucionaria tecnologia de “packet-switching” (comutação de pacotes), que foi construída em um desenho de rede flexível e descentralizada e possibilitava a seus usuários o acesso através de terminal remoto, a transferência de arquivos e o uso de impressoras e outros dispositivos remotos. Dessa forma, tornou-se uma grande vantagem estratégica militar, já que mesmo diante de ataques, erros e falhas humanas, desastres entre outros, a rede ARPANET continuava operando.

          A ARPANET foi um projeto da IPTO que visava “repartir o tempo de trabalho on-line dos computadores entre os vários centros de informática interativa e grupos de investigação da agência” (CASTELLS, 2004, p. 26).

3.2. Do avanço da rede ARPANET ao Protocolo TCP/IP

          Em 1972, já havia passado de 4 para 15 o número de nós (pontos de rede). Após um ano, chegou-se a 37 nós. No entanto, esse era então um serviço muito caro, e somente as instituições e centros universitários ligados ao governo e ao setor militar americano dispunham dessa tecnologia que era bancada pelo Pentágono Americano, custando cerca de US$250.000 por ano. Como era o Pentágono que financiava os investimentos da comunicação de computadores o ARPANET, passou a se chamar DARPANET (D de Defense – Defesa) ressaltando a importância que a tecnologia levava e qual era a fonte financeira envolvida.

          Paralelamente ao DARPANET, uma série de tipos redes passaram a ser criadas não só por instituições de pesquisa como também por grandes companhias privadas, ou até mesmo outras redes já existentes pertencentes a ARPA se desenvolviam como PRNET e o SATNET. Consequentemente apareciam as primeiras ideias, e posteriormente a necessidade de que diversos tipos de redes pudessem se comunicar entre si. Termos como “International Network” (rede internacional) e “Interconnected Networks” (conexão de redes regionais e nacionais) começavam a aparecer nos EUA e projetos e estudos,a se desenvolver. Essas foram as expressões “mães” que mais tarde deram origem a tão conhecida INTERNET.

          1973 a 1978, foi o período necessário para que uma equipe de pesquisadores coordenados por Vinton Cerf no SRI (Stanford) e Robert Kahn na DARPA criassem um protocolo de comunicação de padronização que garantisse a inter-operacionalidade e a inter-conexão de redes diversas de computadores, denominado de TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Essa intercomunicação foi demonstrada por eles utilizando três redes distintas: ARPANET, RPNET e STATNET.

          No início dos anos 80 tal protocolo, havia se estabelecido, criando uma “rede de redes”, onde houve o compartilhamento de informações em massa. Isso tudo pôde ser desencadeado graças ao avanço de empresas como Cisco Systems, Proteon, Juniper, que disponibilizavam e produziam equipamentos Ethernet, ou seja, equipamentos que suportavam o protocolo. Neste momento nascia a Internet.

3.3. A Consolidação da Internet e a criação World Wide Web

          A ARPANET passou a ser a NSFNET em 1990, assim que a Fundação Nacional de Ciência dos EUA (National Science Foundation – NSF) assumiu o controle da ARPA, desmantelando-a. Posteriormente, NSFNET ficou conhecida como INTERNET.

          A consolidação da Internet iniciou-se com a decisiva criação de dois engenheiros da Organização Européia para a Investigação Nuclear (Centre Européen por La Recherche Nucléaire – CERN), Robert Caillaiu e Tim Berners-Lee, que possibilitaram a expansão da Internet através do World Wide Web – WWW juntamente com o Browser. Nada mais era do que um poderoso e inovador sistema de busca de informações baseado em hipertexto (HTML – HyperText Markup Language), onde partes do texto “marcadas”, uma vez selecionadas, levavam a maiores informações sobre o assunto em questão, e para tudo isso se tinha uma interface gráfica chamada de Browser. O primeiro utilizado foi o LYNX, que desenvolveu-se em MOSAIC. A Partir daí, diversos outros foram aparecendo como o NETSCAPE, INTERNET EXPLORER, MOZILLA FIREFOX.

          Em 1993, a Internet se tornou popular, ou seja, seu uso comercial foi liberado. Era o que estava faltando para que a Internet iniciasse uma nova revolução digital no mercado dos computadores. A disputa entre os sistemas operacionais se tornou mais acirrada, grandes empresas passaram a desenvolver novos hardwares e softwares, novas tecnologias eram estudadas. O mundo da Internet estava lançado.

          Surgiram vários ISPs (Internet Service Provider) fornecendo serviços de Internet com fins comerciais. A partir desse momento, “a Internet começou a se desenvolver muito rapidamente como uma rede global de redes informáticas, baseada numa arquitetura descentralizada de várias camadas (layers) e protocolos de comunicação abertos” (CASTELLS, 2004, p.28).


4. A INTERNET NOS DIAS DE HOJE

          A partir de 1990, a internet, que antes era mais restrita aos norte-americanos, explodiu em outros países, penetrando na sociedade, da mesma forma que a energia elétrica no passado. Através do computador, foi possível um novo aumento no uso da escrita digital, que estava apagada com o avanço das mídias audiovisuais, principalmente a televisão.

          Essa popularização deu início a revolução digital, que modificou completamente, a sociedade. O número de pessoas que navegam na internet cresce a cada dia que passa. Um novo mundo cheio de vantagens e facilidades foi descoberto. Informação, interatividade, relações pessoais, negociações, notícias, compras e outras necessidades do dia-a-dia ganharam um grande espaço na web. Não há distância geográfica que a internet não possa proporcionar uma aproximação das pessoas que dela utilizam para manter contatos entre si.

          A globalização da internet é muito maior do que a que veio com as grandes navegações, que ampliaram o mercado. O trabalho feito nos parâmetros da revolução industrial tornou-se muito menos eficaz do que o mercado que a internet propõe nos dias de hoje. O comércio on-line explodiu, trazendo uma nova forma de negociação diferente entre os consumidores e as empresas, que já não necessitam mais de um vendedor que faça a intermediação da compra. Também na medicina, na educação, nas artes e na economia, a internet revolucionou e possibilitou uma melhoria com sua evolução rápida e avassaladora.


4. CONCLUSÃO

          O que esta obra demonstra é que a comunicação na era da internet não mudou apenas o modo como as pessoas fazem compras ou negócios online, hoje ela vai muito além: transforma a forma como as pessoas se comunicam, agem, pensam. Por isso ela se tornou a principal ferramenta responsável por qualquer tipo de movimentação de informações e serviços tanto no meio domestico, como comercial.

          A Internet, sem parâmetros nem regras quanto a sua expansão, interconecta milhões e milhões de pessoas, e ao mesmo tempo que representa uma rede global sem tamanhos mensuráveis, faz com que o mundo todo esteja em um só lugar, na Internet.


5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.firb.br/abntmonograf.htm, acesso em 22 de Março de 2010.
http://www.monografia.net/abnt/index.htm, acesso em 25 de Março de 2010.
http://www.malagrino.com.br/online/olminter.html, acesso em 28 de Março de 2010.
http://piano.dsi.uminho.pt/museuv/INTERNET.PDF, acesso em 29 de Março de 2010.
CASTELLS, Manuel. Galáxia Internet: Reflexões sobre a Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.
W3C - World Wide Web Consortium. Glossary. Disponível em: http://www.w3.org/2003/glossary/keyword/All/?keywords=Internet&include=def. Acesso em 26 de Março de 2010.

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